Vários cientistas de renome, da mesma forma que Alfred Russel Wallace, se interessaram pelo espiritismo atraídos pelo fenômeno da mediunidade. Um campo amplo de possibilidades foi revelado por estes estudos realçados pelas convicções de cada pesquisador. Surgiram hipóteses que vão das patologias psíquicas muito complexas, situações de percepção extrassensorial -PES (telepatia, por exemplo) - até a possibilidade de sobrevivência da mente após a morte. Podemos citar Johann K. F. Zoellner (1834 a 1882), William James (1842-1910), Frederic William Henry Myers (1843-1901), Carl Gustav Jung (1875-1961) e Ian Stevenson (1918-2007), entre muitos outros.
A maioria deles estava convencida de que as explicações convencionais (fraude e patologias psíquicas) podiam explicar muito, mas não todos os dados observados. Então, passaram a aceitar as hipóteses de PES e/ou a de sobrevivência da mente após a morte como algo a ser considerado.
Atualmente, as pesquisas sobre o tema, que são raras, se desenvolvem dentro do campo das relações mente-cérebro, mas, como no século XIX, ainda são vistas com estranheza por uma comunidade científica predominantemente conservadora, dogmática e materialista.
A hipótese (não confirmada) de que a mente -personalidade, consciência ou alma- é gerada unicamente pela atividade cerebral e desaparece com a morte do cérebro ainda é dominante no meio científico. Talvez, por isto faltem o apoio institucional dos grandes centros de pesquisa e os recursos necessários para que se possa dar continuidade ao que já foi desenvolvido até aqui.
Leiam os excelentes artigos, “Pesquisa em mediunidade e relação mente-cérebro: revisão das evidências” e “A mediunidade vista por alguns pioneiros da área mental”, de Alexander Moreira de Almeida e Alexander Moreira de Almeida com Francisco Lotufo Neto, respectivamente.