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segunda-feira, 12 de maio de 2025

Poemas IV. Insuficiência

A dor que se confessa

não é a dor que se sente.

É como o amor que se expressa,

não suficiente.

 

A precariedade da palavra,

agonia de quem professa

o sentimento, desagrava.

Quer apreensível e eternal

o que não pode ser,

o que é fugaz e temporal.

 

Apenas a empatia do poeta,

alquimia do verso,

talvez alcance esta borboleta

em algum jardim profundo e disperso.