Visitas ao Blog

domingo, 27 de março de 2022

COVID-19 Faz Dois Anos no Brasil (Final)

Hoje, 25 de março de 2022 contamos 75% da população com esquema vacinal completo. Estamos à frente de Rússia, 50%, Estados Unidos, 65%, Áustria, 73%, juntos da Alemanha e bem próximos da França, 78%, mas muito atrás de Canadá, 82%, por exemplo.

Ainda enfrentamos os ataques da variante ômicron sofrendo muitas baixas, porém estamos conseguindo dar atendimento médico adequado a todas as pessoas com sintomas graves da doença. Os avanços da vacinação que começou no dia 17 de janeiro de 2021 com os grupos prioritários não foram suficientes para impedir o colapso do sistema de saúde que ocorreu entre abril e julho daquele ano, quando pessoas morriam por falta de atendimento adequado.

Até agora, lamentamos a morte de mais de 658.300 pessoas e temos uma taxa de letalidade de 2,2%, contra uma média mundial de 1,3%. A diferença talvez esteja lá no início, no “vacilo” do governo federal na aquisição dos primeiros lotes da vacina, pois grande parte do mundo já havia começado a campanha em dezembro de 2020 (o Reino Unido foi o primeiro, começou no dia 8).

O resultado, até agora, só não foi pior -sim, houve espaço para deixar a coisa ainda pior- porque o nosso SUS, (Sistema Único de Saúde) com o seu know how de grandes campanhas de vacinação em todo o território nacional ao longo de décadas, salvou o Brasil. Por outro lado, vários setores da sociedade engajaram-se num movimento de apoio ao uso de máscaras, promovendo o cuidado pessoal e com os demais cidadãos. Além disso, os meios de comunicação proporcionaram o espaço necessário à comunidade científica para que ela pudesse transmitir segurança à população quanto ao uso da vacina. Também o protagonismo de algumas Unidades Federativas como São Paulo e Rio Grande do Sul, por exemplo, se mostrou muito importante no enfrentamento da pandemia.

Neste sentido, a maior tragédia da nossa história deixou um pequeno alento até agora: a sociedade brasileira mostrou que tem algumas instituições fortes, que compreendem as suas responsabilidades sociais, e que não está totalmente indefesa contra os desmandos e inações de uma extrema-direita desvairada e negacionista, que, quando empoderada, não soube representar com dignidade a nação brasileira.