Penso que somente se nos debruçarmos sem preconceitos, vaidades ou pudores sobre os nossos sentimentos, gostos e interpretações podemos transformar as nossas vivências em (auto) conhecimento. Mas também é necessário verbalizar, materializar, pôr tudo isso “para fora”, revendo e reformulando alguns aspectos, transpondo para uma forma mais clara e precisa aquilo que, às vezes, intuímos ou percebemos de maneira difusa apenas. Escrever é, para mim, parte fundamental desse processo que, aliás, pode nos levar além da subjetividade pura e transformar nossas experiências em objeto do interesse de outros "viventes".
Se decidimos, por fim, dar à luz nossas reflexões (expor em galerias, gravar mídias digitais, produzir peças teatrais, publicar livros, artigos...) é pelo prazer do ato, por vaidade, solidão, necessidade, generosidade ou, como disse Jorge Luís Borges,
[...] publicamos para não passar a vida a corrigir rascunhos. Quer dizer, a gente publica um livro para livrar-se dele.
Na verdade, não importa! É o ato de compartilhar, muito mais do que a intenção, que dá sentido às coisas que realizamos.
Então, neste blog, pretendo “livrar-me” de algumas opiniões sobre livros, filmes, notícias, gostos, sentimentos, memórias e tudo aquilo que me leva a refletir.
[...] publicamos para não passar a vida a corrigir rascunhos. Quer dizer, a gente publica um livro para livrar-se dele.
Na verdade, não importa! É o ato de compartilhar, muito mais do que a intenção, que dá sentido às coisas que realizamos.
Então, neste blog, pretendo “livrar-me” de algumas opiniões sobre livros, filmes, notícias, gostos, sentimentos, memórias e tudo aquilo que me leva a refletir.