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domingo, 14 de abril de 2024

Relatos de Viagem. Paris, uma segunda visita

Romântica, charmosa, histórica e grandiosa! Paris é realmente tudo isso. Paris, pela primeira vez, vale cada centavo investido e confirma todas as expectativas. Não tem erro!

Champs Élysées num dia mormacento
Da primeira vez, no carnaval de 2006 (inverno em Paris), quando chegávamos de táxi vindos do Charles de Gaulle, percebemos, de repente, que margeávamos o rio Sena: era tudo tão surpreendente e espetacular quanto esperávamos que fosse, olhávamos em todas as direções tentando identificar algo familiar. Foi nesse momento que a Adriana, apertando a minha mão, disse: “esta deve ser a...”. E eu, olhando para ela arrepiado, respondi: “só pode ser...”. Pensei rapidamente: ...essa construção magnífica em estilo gótico encravada no meio do Sena... só pode ser a Notre Dame de Paris. Aí, caiu a ficha!

À sombra da Torre
Na segunda vez (final da primavera de 2009), Paris nos pareceu diferente, tinha uma aparência faceira, de festa; o sol punha-se às 21h30m e permanecia, ainda, uma estranha luminosidade no céu, não escurecia totalmente; as noites eram curtas e quentes. Infelizmente, eu não estava preparado para aproveitar a cidade daquele jeito: para mim, estava muito quente e cheia demais durante pelo menos três dos quatro dias em que lá estivemos. Caminhar, que é algo do que há de melhor para se fazer ali, era muito desgastante, havia um mormaço que fatigava, podia-se perceber a umidade pairando no ar. Bateu uma saudade daquele carnaval! As luzes da cidade à noitinha misturadas ao colorido das ruas e à agitação dos cafés e boulangeries combinavam tão bem com o vento frio e o tom cinzento do inverno!

Já para a Adriana, "picnic" ao anoitecer na orla do Sena, vinho rosé gelado em algum café “bacana” ou simplesmente esquecer da vida e relaxar molhando os pés à beira de uma fonte em algum belo jardim ao final tarde também serão lembranças inesquecíveis se você quiser curtir uma primavera em Paris. De qualquer forma, para quem já conhece o trivial, o melhor é abrandar as expectativas e deixar Paris guiá-lo, apresentar-se do jeito que está para que possa surpreendê-lo.

A velha torre que vimos no inverno de 2006 à noite, pela primeira vez - uma torre de luz imensa cercada pela escuridão do Champ de Mars - continuava linda mas, definitivamente, não nos provocou o mesmo encanto. Talvez seja impossível vê-la tão bela e tão imponente como quando a vemos pela primeira vez.

Paris, primavera de 2009.