Romântica, charmosa, histórica e grandiosa! Paris é realmente tudo isso. Paris, pela primeira vez, vale cada centavo investido e confirma todas as expectativas. Não tem erro!
Champs Élysées num dia mormacento |
Da primeira vez, no carnaval de 2006 (inverno em Paris), quando chegávamos de táxi vindos do Charles de Gaulle, percebemos, de repente, que margeávamos o rio Sena: era tudo tão surpreendente e espetacular quanto esperávamos que fosse, olhávamos em todas as direções tentando identificar algo familiar. Foi nesse momento que a Adriana, apertando a minha mão, disse: “esta deve ser a...”. E eu, olhando para ela arrepiado, respondi: “só pode ser...”. Pensei rapidamente: ...essa construção magnífica em estilo gótico encravada no meio do Sena... só pode ser a Notre Dame de Paris. Aí, caiu a ficha!
À sombra da Torre |
Na segunda vez (final da primavera de 2009), Paris nos pareceu diferente, tinha uma aparência faceira, de festa; o sol punha-se às 21h30m e permanecia, ainda, uma estranha luminosidade no céu, não escurecia totalmente; as noites eram curtas e quentes. Infelizmente, eu não estava preparado para aproveitar a cidade daquele jeito: para mim, estava muito quente e cheia demais durante pelo menos três dos quatro dias em que lá estivemos. Caminhar, que é algo do que há de melhor para se fazer ali, era muito desgastante, havia um mormaço que fatigava, podia-se perceber a umidade pairando no ar. Bateu uma saudade daquele carnaval! As luzes da cidade à noitinha misturadas ao colorido das ruas e à agitação dos cafés e boulangeries combinavam tão bem com o vento frio e o tom cinzento do inverno!
Já para a Adriana, "picnic" ao anoitecer na orla do Sena, vinho rosé gelado em algum café “bacana” ou simplesmente esquecer da vida e relaxar molhando os pés à beira de uma fonte em algum belo jardim ao final tarde também serão lembranças inesquecíveis se você quiser curtir uma primavera em Paris. De qualquer forma, para quem já conhece o trivial, o melhor é abrandar as expectativas e deixar Paris guiá-lo, apresentar-se do jeito que está para que possa surpreendê-lo.
A velha torre que vimos no inverno de 2006 à noite, pela primeira vez - uma torre de luz imensa cercada pela escuridão do Champ de Mars - continuava linda mas, definitivamente, não nos provocou o mesmo encanto. Talvez seja impossível vê-la tão bela e tão imponente como quando a vemos pela primeira vez.