As
palavras,
admito,
não as tenho sempre.
Mas,
se as percebo angulosas,
desconexas,
embaladas
num poema
que não me acolhe,
de repente,
alguém
de outro jeito
as
colhe,
trata
diferente,
e
as revela num poema
que me escolhe:
as tenho novamente!
As
palavras,
na
verdade,
as
recebo de presente,
sempre.